O FRUTO DO ESPÍRITO



Ministrado em culto de ensino:

Extraido da Bíblia de Estudo Pentecostal. 

Galatas 5.19-23 “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
 Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longaminidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei. ”Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do Espírito.
O Fruto do Espírito em contraste com as obras da carne tem o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia
chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e
influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em
comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do Espírito
inclui:
                                              
(1) “Caridade” (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co
13; Ef 5.2; Cl 3.14).
O amor é à base da vida cristã e o resumo de todos os mandamentos da Lei. A palavra grega que expressa o amor de Deus é ágape, muitas vezes traduzida por caridade, por tratar-se de amor entrega, doação sem a preocupação da retribuição, do retorno. É o amor de Deus, na sua forma mais elevada e profunda (João: 3:16) - É o amor altruísta, não egoísta nem egocêntrico, que ama até os inimigos. O amor é à base de todo relacionamento perfeito no céu e na terra. Não é sem motivo que o batismo no Espírito Santo é muitas vezes relatado e chamado de batismo de amor, pois literalmente ondas de amor nos invadem e nos impulsionam a um novo relacionamento com Deus e com o próximo. (Dádiva de Deus)

(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de
Alegria é o profundo regozijo do coração, o verdadeiro gosto de viver, a "satisfação no Senhor", independente das circunstâncias. Sua fonte está na graça de Deus. O discípulo pode ter momentos de tristeza, “... pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo" (Salmo: 30:5). Mesmo durante as mais duras provações, podemos experimentar a alegria.
Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14 nota).

(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu
Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).
Paz é uma atitude de serenidade, calma e força, tranqüilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espírito Santo, mesmo na adversidade e nas tribulações. Jesus nos prometeu essa paz; Ele disse: "A minha paz vos dou ...” Ela deriva de nossa perfeita confiança (FÉ) em Deus, guarda os nossos corações da ansiedade, vem pela palavra de Deus e devemos buscá-la.
Podemos perder a paz temporariamente por causa do pecado sem confissão, mas o Espírito nos traz de volta com a oração de confissão e leitura da Palavra de Deus. Exemplo em Jesus:

(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2;
2Tm 3.10; Hb 12.1).
Longanimidade é a qualidade dada por Deus que faz o homem ser paciente até na provação. A irritação, a ira, a vingança, são obras da carne opostas à longanimidade. Na linguagem popular, é ter o pavio comprido, demorando muito para explodir, é o amor que nos leva a ir longe, tratando com paciência as pessoas com suas falhas, fraquezas, ignorâncias, demoras e pecados.

(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).
vemos que Deus é benigno até para com os maus e ingratos. A benignidade está associada à idéia de amabilidade, brandura, compaixão e misericórdia. Jesus disse que quando fazemos através do amor ágape manifestado na benignidade, desinteressadamente, nós estamos fazendo Para o Próprio Deus.

(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de
bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
Bondade é o carinho com que tratamos as outras pessoas, querendo sempre o bem dos outros, transmitindo a bondade e a misericórdia com que o Senhor nos tem tratado. No Salmo 23:6 - nos diz que certamente a Bondade e a Misericórdia me seguirão todos o dias da minha vida.

(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso,
fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).
Fidelidade é uma qualidade que o Espírito Santo molda em nosso caráter cristão, caráter este que nos faz fiéis em tudo. Sendo o discípulo fiel no pouco, também o será no muito e sobre o muito será colocado. Esse fruto nos leva a sermos fiéis ao Senhor, ao próximo e a nós mesmos, entregando-os a Deus todo o nosso trato, acordo, negócios com próximo, e com os nossos compromissos financeiros, contribuindo com as causas justas e recuperação espiritual.
Fiéis com nós mesmos, não nos vendendo por preço algum, não abrindo mão dos valores espirituais da Palavra de Deus. “Os que permanecerem Fiéis até a morte, receberão a Coroa da Vida”.

(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com
eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a
mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3
com Êx 32.19,20).
Mansidão tem muito a ver com brandura e humildade. O discípulo cheio do Espírito abrigará também esse fruto em seu coração. Vemos na vida de Pedro claramente essa diferença, o Pedro impulsivo e até violento antes do Pentecostes, em contraste, o amável e submisso após. Também o Moisés de antes de ter uma experiência íntima com Deus, agindo de forma brusca e violenta, e após tornando-se o homem mais manso de toda a terra (Números: 12:3). A certeza de estarmos andando com Cristo nos faz mansos como Ele foi quando enfrentou seus acusadores e a cruz.

(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade
aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
Domínio próprio expressa autocontrole, autodisciplina, temperança e moderação. Devemos buscar no Espírito Santo forças para nos controlarmos. Para um rio violento gerar energia é necessário que seja represado, contido. Para usar-se um cavalo precisa-se antes domesticá-lo, domá-lo. Domínio próprio é o controle Total de nossas línguas, que muitas vezes afiadas e apressadas, nos levam a fazer o mal. Domemos nossa língua e domaremos todo o nosso ser.
Falemos somente o bem, desejando e confessando coisas boas e seremos bons. Nós recebemos autoridade na terra, como Igreja de Jesus. Saibamos usar dessa autoridade a começar por em nós mesmos. Autocontrole no agir, no falar e alimentar-nos de palavras que edificam e não destroem.

CONCLUSÃO
segundo os princípios aqui descritos.
Os frutos do Espírito Santo estão em direto contraste com as obras da natureza pecaminosa em Gálatas 5:19-21: "Ora, as obras da carne  são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." Gálatas 5:19-21 descreve a vida das pessoas, em proporções diferentes, quando elas não conhecem a Cristo e, portanto, não estão sob a influência do Espírito Santo. Nossa carne pecaminosa produz certos tipos de fruto (Gálatas 5:19-21), e o Espírito Santo produz outros tipos de fruto (Gálatas 5:22-23).
A vida Cristã é uma batalha entre as obras da natureza pecaminosa e os frutos do Espírito Santo. Como pecadores, ainda estamos presos a um corpo que deseja coisas pecaminosas (Romanos 7:14-25). Como Cristãos, temos o Espírito Santo produzindo fruto em nós e o Seu poder disponível para nos ajudar a vencer as ações da nossa natureza de pecado (2 Coríntios 5:17; Filipenses 4:13). Um Cristão nunca vai ser completamente vitorioso em sempre demonstrar os frutos do Espírito Santo. No entanto, um dos propósitos principais da vida Cristã é progressivamente permitir que o Espírito Santo produza mais e mais de Seu fruto em nossas vidas – e de permitir que o Espírito vença os desejos pecaminosos que se opõem aos Seus frutos. O fruto do Espírito é o que Deus deseja que nossa vida demonstre.... e com a ajuda do Espírito Santo, isso é possível!
Nós, discípulos de Jesus devemos dar lugar em tudo ao Espírito Santo, nas atitudes, nas palavras, nas ações e comportamentos. A vida cristã é um todo e somos conhecidos de Deus através dos nossos frutos. Toda árvore boa dá bons frutos. Mateus: 7: 15 a 20.
Através do amor ágape recebido de Deus exerceremos em harmonia os dons e o fruto do Espírito. "Convém que Jesus cresça e eu diminua", palavras de João Batista (João 3:30), e agora nossas também.
O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode  e realmente deve essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver


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